À Direita Da Razão
Na manhã seguinte à renúncia de Obama como presidente de honra do Partido Popular, um programa de televisão, pediu-me uma entrevista. Enquanto aguardava em uma sala de gelo do Círculo de Bellas Artes, com um fone no ouvido, pude ouvir como quatro jornalistas discutiam, quase aos gritos, a respeito do assunto apresentado pelo moderador: “o
Há um espaço à direita do PP? “Tentei rebater a pergunta, no entanto foi inútil. “Já, no entanto contésteme: o Aznar radicalizará ainda mais o teu discurso? A leitura da decisão de Obama como uma reação da direita contra Rajoy se consolidou. Alguns se tornaram ilusões, outros foram feitos cruzamentos e os terceiros são proferida: “Obama quer ser o Trump português”. Mas, e se a premissa seja falsa? Não me refiro as intenções de Obama, esfinge a respeito do que é inútil especular. Refiro-Me à observação de detalhes e fatos. De que forma está o PP de Rajoy, no centro?
O lateral que deixou apresentado, o qual precisa enxergar o oco com Trump? A confusão em torno das categorias ideológicas é uma velha patologia espanhola. Aqui os extremistas definem os centristas e não o inverso. Assim, negociar com Puigdemont é prova de moderação e confrontarlo, de intransigência. Com esse investimento moral somam-se outros equívocos.
O mais comum é o que confunde a indefinição com a centralidade. As pesquisas são terreno indescritível e bem mais que recolhem percepções. Mas, algumas vezes, desceram mitos. Verão uma série histórica com as respostas dos espanhóis a uma dupla pergunta: onde se coloca você numa escala ideológica do um ao 10 e onde localiza-se ao PP. Nem com o ex-ministro franquista Fraga, nem com Aznar durante a batalha do Iraque, nem quando Rajoy recolhia assinaturas contra o Estatuto catalão.
Os espanhóis nunca foram situado ao PP mais à direita do que neste instante. Em 1989, o colocavam no 8,vinte e sete da escala. Em outro recoveco do CIS achar um gráfico de autoubicación ideológica: com Aznar os espanhóis que se deslocaram para a direita, no tempo em que que com Rajoy foram movidas mais à esquerda do que nunca.
Este dado podes ser imputado à irrupção de um populismo de extrema-esquerda, ou até mesmo para o surgimento de Cidadãos. Mas isso não exime o PP. O que tem feito para defender seu espaço eleitoral? O PP de Rajoy protagoniza uma amarga paradoxo: nunca foi considerado mais de direita, e nunca teve menos perfil ideológico.
A estratégia iniciada no congresso de Valência de 2008 resultou em um achicamiento de teu espaço, precisamente pelo centro. E isso que a sua política tem sido hesitante, contraditória e, em diversos casos, estabelecida pela esquerda. A dificuldade do PP é que tem confundido o centro com nada e o jogo com um clube privado. Um clube que não soma novos parceiros, o que não corre o ar, em que só figuram os fiéis.
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Uma cápsula tecnocrática, que não pensa nem sequer padece. Como se constrói um projeto ideológico ante a sombra de Trump? Em um ensaio intitulado Após o 9-M: perder e se perder, Miguel Ángel Quintanilla, conclui-se que a articulação de uma maioria não depende da localização pela escala ideológica, no entanto de uma nitidez e força do projeto. “O eleitor centrista não é o que dirige o teu voto pro centro, todavia a partir dele”.
Desta forma um jogo perfeitamente centrado poderá desaparecer. Como aconteceu com a UCD e o CDS, e como poderá decorrer com os Cidadãos. A know-how de convocatória é função direta da coragem e clareza. E incompatível com a indecisão. Diante dessa método a um rearmamento ideológico, qualquer incauto exclama: um Outro mal-entendido. Por oportunismo ou por convicção, ocorrida, Vox foi deslizando por uma inclinação inquietante. Reunião formal com a Frente Nacional. Aproximação à extrema-direita alemã e austríaca.
Plágio do lema de Trump. Isso não é o futuro da direita espanhola. Isso é nacionalismo, populismo, involução. Em muitas semanas, o PP vai comemorar o teu primeiro congresso em cinco anos. Nenhum dos focos que estão chamando a atenção da mídia -Soraya vs.